Em um setor onde a segurança do paciente, a conformidade regulatória e a rastreabilidade das ações são prioridades absolutas, a Engenharia Clínica desempenha um papel cada vez mais estratégico. Evitar a não conformidade em auditorias hospitalares não é apenas uma obrigação regulatória — é um compromisso com a excelência operacional e com a integridade dos processos que envolvem equipamentos médico-hospitalares. Este guia completo tem como objetivo capacitar engenheiros clínicos, gestores hospitalares e técnicos biomédicos a estruturarem uma rotina de gestão que não apenas evite falhas em auditorias, mas que também fortaleça a imagem institucional da organização de saúde frente às exigências de qualidade e segurança.
Capítulo 1: O Que é uma Auditoria na Engenharia Clínica?
Tipos de Auditorias
- Auditorias Internas: promovidas pelo próprio hospital como parte do ciclo de melhoria contínua.
- Auditorias Externas: conduzidas por órgãos como Anvisa, ONA, ISO ou consultorias de acreditação.
- Auditorias Regulatórias: fiscais e punitivas, geralmente por descumprimento de normas como RDC 02/2010 ou RDC 16/2013.
Objetivo das Auditorias
- Avaliar a rastreabilidade dos serviços realizados.
- Validar o cumprimento de protocolos e POPs.
- Verificar conformidade dos equipamentos com relação a manutenção, calibração e segurança elétrica.
Principais Itens Avaliados
- Plano de Manutenção Preventiva (PMP).
- Registros de Calibração e Segurança Elétrica.
- Procedimentos operacionais (POPs) e relatórios técnicos.
- Evidências de treinamentos e capacitação.
Capítulo 2: O Que é Não Conformidade e Como Ela se Manifesta?
Definição
Não conformidade é qualquer situação em que um processo, equipamento, registro ou comportamento não atende aos requisitos normativos, legais ou contratuais exigidos por um órgão regulador ou sistema de acreditação.
Exemplos Práticos
- Equipamentos sem identificação patrimonial.
- Falta de plano de manutenção formalizado.
- Manutenção preventiva realizada fora do prazo.
- Relatórios de calibração sem rastreabilidade RBC.
- POPs desatualizados ou ausentes.
Impactos de uma Não Conformidade
- Interdição de equipamentos.
- Penalidades administrativas ou financeiras.
- Perda de acreditações como ONA ou ISO.
- Risco à segurança do paciente.
Capítulo 3: Como Implantar uma Gestão Preventiva de Auditoria
Ferramentas Fundamentais
- Software de Gestão da Manutenção (CMMS): Automatiza e documenta todo o ciclo de vida dos equipamentos. Conheça a solução Arkmeds CMMS
- Plataformas Mobile de Engenharia Clínica: como o Mark, da Arkmeds, que facilita a rastreabilidade em tempo real dos ativos, possibilitando acesso instantâneo ao histórico e à ficha técnica dos equipamentos.
Planejamento Anual de Manutenção
- Utilize dados históricos e criticidade clínica para montar o cronograma.
- Priorize equipamentos de suporte à vida e alto custo.
- Faça integração entre Engenharia Clínica, Almoxarifado e Controle de Qualidade.
Documentação que Precisa Estar Sempre Pronta
- Relatórios de calibração (com selo RBC).
- Testes de segurança elétrica (de preferência com analisadores automatizados como o Tesla).
- Registros de POPs e evidências de treinamentos da equipe.
Capítulo 4: Estratégias para Evitar Não Conformidades
1. Criação e Validação de POPs
- Formalize procedimentos de inspeção, manutenção e segurança.
- Faça revisão periódica.
- Capacite a equipe e colete assinaturas de ciência.
2. Calibração com Empresas Rastreáveis
- Exija certificados RBC.
- Mantenha todos os certificados digitalizados e com fácil acesso.
- Utilize soluções como o E-book de Calibração da Arkmeds
3. Integração com a Qualidade
- Participe das reuniões da Qualidade.
- Integre indicadores de engenharia clínica ao BI institucional.
- Faça auditorias simuladas.
4. Indicadores Estratégicos
- Percentual de manutenção preventiva realizada no prazo.
- Tempo médio de atendimento da corretiva.
- Equipamentos com POPs atualizados.
- Equipamentos fora de uso por não conformidade.
Capítulo 5: Ferramentas e Recursos Recomendados
Softwares de Apoio
- CMMS da Arkmeds
- Plataforma Mobile Mark: acesso via QR Code aos históricos técnicos e ficha-vida dos equipamentos.
Cursos e Capacitações
Modelos de Planos e Templates
Capítulo 6: Como se Preparar Para Uma Auditoria Real
Checklist Antes da Visita
- Toda a equipe foi treinada sobre os procedimentos?
- As evidências de manutenção preventiva estão atualizadas?
- Os certificados de calibração estão com validade?
- Há evidências de POPs e histórico de revisões?
- A rastreabilidade está digitalizada e fácil de demonstrar?
Dia da Auditoria
- Receba o auditor com um briefing técnico.
- Use a plataforma Arkmeds para abrir em tempo real a ficha do equipamento inspecionado.
- Documente a visita e armazene feedbacks.
Capítulo 7: Casos Reais e Lições Aprendidas
Caso 1: Auditoria ONA em um hospital de média complexidade
- Situação: faltavam relatórios de calibração em 20% dos equipamentos críticos.
- Ação Corretiva: digitalização e organização com apoio de plataforma Arkmeds.
- Resultado: readequação em menos de 15 dias e manutenção da acreditação.
Caso 2: Interdição parcial pela Vigilância Sanitária
- Problema: ausência de cronograma formal de manutenção.
- Solução: criação e implantação de PMP baseado em criticidade.
- Impacto: retomada das atividades em 7 dias úteis.
Conclusão
Evitar não conformidades em auditoria na engenharia clínica é um processo contínuo, baseado em organização, rastreabilidade, uso de tecnologia e capacitação. Com ferramentas como o CMMS da Arkmeds, o analisador Tesla e a plataforma mobile Mark, sua equipe pode não apenas atender às exigências normativas, mas transformar a auditoria em uma oportunidade de valorização profissional e melhoria institucional.
Não espere a próxima visita para agir. Antecipe-se, estruture seus processos e seja referência em conformidade, qualidade e inovação em engenharia clínica.
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